Sistema 1 e Sistema 2 – o que é isso e como isso afeta a tomada de decisão?

 

Sistema 1 e Sistema 2 – o que é isso e como isso afeta a tomada de decisão? 

 

Os psicólogos se interessam há várias décadas sobre a maneira de nosso cérebro funcionar e tem desenvolvido diversas teorias acerca do tema. Um dos modelos de pensamento que ganhou mais destaque foi o proposto pelos psicólogos Keith Stanovich e Richard West e descrito por Daniel Kahneman em seu livro “Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar”Kahneman propõem que há dois sistemas de processamento cerebral, o sistema 1, que é rápido, paralelo, automático, inconsciente e dirigido por emoções e associações, e o sistema 2, que é lento, sequencial, deliberativo, baseado em regras e que utiliza cálculos conscientes para chegar a decisões. 

 

 

 Sistema 1 e 2 não são partes do nosso cérebro, são apenas uma maneira abstrata de entender seu funcionamento. Executivos acham que sistema 2 é predominante na tomada de decisãoafinal é o lado mais consciente e racional do nosso ser, porém, na realidade, é o sistema 1 o responsável por 90% das nossas decisõesÉ ele quem gera sem esforço as impressões e sentimentos que norteiam nossas escolhas. 

 

As milhares de operações automáticas do 1 geram milhares de padrões complexos por dia, e o lento sistema 2 tenta construir uma sequência ordenada de pensamentos em cima deles. Mas como o Sistema 2 é lento, ele filtra e processa um número muito pequeno de impressões geradas pelo Sistema 1. 


Alguns exemplos do que o Sistema 1, o intuitivo automático, faz: 

  • Detecta que um objeto está mais perto que outro;
  • Procura de onde veio um som estridente que você acabou de ouvir;
  • Completa a frase “arroz e…”;
  • Faz a cara de nojo quando vê uma foto nojenta;
  • Detecta hostilidade em uma voz;
  • Responde a “2+2=…?”;
  • Lê as manchetes do jornal;
  • Dirige um carro por uma rua vazia;
  • Reconhece que “faz, faz, faz Carrefour” se refere a um supermercado.

 

Já o Sistema 2, o lento racional, faz: 

  • Sai correndo em uma corrida quando ouve o grito “já!”;
  • Procurar uma mulher com cabelo branco na multidão;
  • Mantem-se caminhando em um passo mais rápido que o seu natural; 
  • Monitora seu comportamento em um ambiente social pra não cometer nenhuma gafe; 
  • Contar quantas letras “a” tem em uma pagina;
  • Estacionar em uma vaga apertada;
  • Preencher seu imposto de renda; 
  • Analisa evidencias de um crime de forma a determinar se determinado réu é culpado ou inocente; 
  • Olha demonstrativos contábeis pra ver se uma empresa melhorou ou piorou seu risco de crédito.

 

Toda as atividades que você tem que parar, prestar atenção, dependem do Sistema 2 você vai performar mal se estiver fazendo outra coisa ou não souber como fazer. O sistema 2 tem a capacidade de mudar o que o sistema 1 automaticamente nos diz. Ele funciona como uma espécie de filtro das impressões geradas pelo primeiro sistema, corrigindo impressões falsas. Mas como é lento, sua capacidade de filtrar é muito pequena comparada com as milhares de impressões que o Sistema 1 gera.  

Considerando a limitação do nosso sistema 2, devemos treinar o nosso cérebro de maneira a conseguir alocar a nossa energia para tomar uma decisão. Quer aprender como usar o Sistema 1 e Sistema 2 com eficiência? Quer melhorar o processo de tomada de decisão? O curso Teoria da Decisão, da FK Partners, foi criado pra isso. Ele aborda decisões individuais e em conjunto, o papel da diversidade na tomada de decisão, nudging e muito mais. Clique aqui e saiba mais. 

 

Publicado 16/03/2020

 

Produtos financeiros de tesouraria: o que você precisa saber

Os produtos financeiros de tesouraria são serviços de controle de fluxo e gestão de riscos comercializados para empresas, a fim de monitorar e manter seus investimentos com segurança.

Cada um dos principais produtos comercializados tem um propósito específico, que geralmente são relacionados a controle de taxas e variações de indicadores do mercado financeiro, tudo isso com a finalidade de ter o controle sobre as finanças.

O post a seguir vai explicar melhor cada um dos principais produtos financeiros de tesouraria e suas variações em cada caso comum ao mercado. Acompanhe a leitura e confira!

 

Hedge: proteção às variações de investimentos

Este produto é um derivativo focado em proteger um investimento de possíveis variações de mercado. Pode ser considerado um instrumento de segurança ao preço.

O hedge protege qualquer ativo (investimentos) ou passivo (dívidas) de uma possível mudança de taxas e preços, o que reduz bastante as chances de perdas. Este produto serve para fixar o valor de um ativo ou até mesmo de uma mercadoria.

Há algumas maneiras de se fazer o hedge. Algumas ferramentas derivativas ajudam a reduzir essa possível perda. Os recursos nada mais são que alguns produtos de tesouraria que você conhecerá a seguir.

 

Swap: trocando riscos para sair ganhando

Uma das maneiras de proteger os investimentos é por meio do swap, que consiste na troca de riscos de um ativo ou passivo com outro investidor. Esta troca é feita em cima de índices, que podem ser taxas de juros, de câmbio e índice de preços.

O swap é altamente recomendado para duas empresas que trabalham com variações de moeda, ou seja, negociam compra e venda em dólares, por exemplo.

A troca dos riscos pode ser vantajosas para ambas as partes. Os acordos são feitos previamente, de modo que os dois envolvidos saiam ganhando com as variações.

 

 

Termo de moedas: negociação de moeda estrangeira

Este tipo de derivativo propõe a compra de um termo que garante em uma determinada o pagamento de um valor em moeda estrangeira sem que haja variação do câmbio da moeda.

Isso evita o pagamento de um valor maior no momento do vencimento da obrigação. Por exemplo, se uma empresa precisa pagar 25 mil dólares em 60 dias e não quer contar com imprevistos na variação do câmbio, ela contrata um termo que garanta uma taxa e câmbio pré-estabelecidos.

 

 

Opções: negociações futuras pré-definidas

Opções se definem como contratos entre partes, podendo ser de venda ou compra, em que é definido o direito ou a obrigação da negociação de um ativo.

Tudo isso é feito com certa flexibilidade em relação as datas estabelecidas para as negociações. As opções e dividem em duas variações:

  • Call – Exclusivamente opção de compra. Dá este direito em uma data futura e um valor pré-estabelecidos entre duas partes.
  • Put – Para a opção de venda. Dá ao titular o direito de vender o objeto de ativo, na determinada data e pelo valor estipulados previamente.

 

Combinação de derivativos: para casos específicos

As combinações são bons recursos para serem utilizados em casos mais específicos, de acordo com o perfil de cada cliente.

Para isso, o banco oferece um formulário em que o investidor preenche com suas características e, posteriormente, a análise é feita em cima destas informações para definir qual o perfil do cliente em relação aos investimentos.

 

Estes perfis são identificados por três características básicas:

  • Conservador: não aceitam nenhum risco de perda financeira, prezam pela liquidez e segurança
  • Moderado: assumem pequenos riscos em favor de maior possibilidades de rentabilidade.
  • Agressivo: entendem que quanto maior o risco, maior a rentabilidade e aceitam se expor mais às perdas.

 

Entender cada um destes produtos de tesouraria é fundamental para ser um competente profissional da área. A FK Partners oferece um curso que prepara os funcionários que desejam ter domínio sobre estes conceitos. Entre em contato conosco e saiba mais sobre nossos serviços.

 

Publicado em 20/10/2017

 

Fique atento às novas datas de provas

Está estudando ou vai começar a se preparar para uma certificação? Fique atento às novas datas de provas

 

Algumas certificadoras estão realizando mudanças nas datas das provas por conta da atual situação do país. Primeiramente gostaríamos de te tranquilizar, pois a FK irá prorrogar o seu acesso online, sem nenhum custo adicional, até a próxima data de prova indicada pela certificadora. Se você ainda não iniciou seus estudos, aproveite esse momento em que você vai ficar em casa para poder se preparar. Temos o plano de estudos ideal para você e tudo sem precisar sair de casa. Confira as turmas abertas clicando aqui.

Agora, confira as mudanças nas datas das provas realizadas pelas certificadoras:

Anbima (CEA, CGA, CPA 10, CPA 20):

  • A partir de 17 de março as provas foram canceladas e deverão ser reagendadas assim que o calendário de exames for reestabelecido. O prazo ainda está indeterminado, a depender das recomendações das autoridades de saúde do país. Os inscritos serão avisados por e-mail.

Planejar (CFP):

Exame agendado para dia 19/04/2020 será postergado para 28/06/2020. Inscrições se mantém até 20/03/2020 às 18h.

  • Exame agendado para dia 16/08/2020 será postergado para 30/08/2020. Inscrições se mantém até 27/07/2020 às 18h.

 

CFA Institute:

  • Os exames (Level 1, Level 2 e Level 3) de junho 2020 para junho de 2020 serão adiados. Os candidatos registrados para os exames de junho 2020 serão transferidos para uma das próximas duas administrações.
  • CFA Institute informará os candidatos por e-mail até 8 de maio sobre as opções para transferir a inscrição para uma das duas próximas datas dos exames.

 

Ancord (PQO e AAI)

  • A Fundação Getúlio Vargas (aplicadora da prova) está suspendendo a aplicação dos exames de certificação até 27/03/2020, então todos os exames agendados até essa data serão cancelados e toda a rede de Centro de Testes retornará com a aplicação das provas a partir de 30/03/2020.

 

CAIA Association:

  • Exame CAIA L2 está adiado para setembro. Os candidatos receberão cancelamentos por e-mail e poderão tentar reagendar os exames posteriormente no site da PearsonVUE. Os candidatos com exames cancelados receberão um reembolso (se pago à Pearson VUE) ou uma extensão conforme determinado pelo patrocinador do exame.

 

FRM:

  • Os exames FRM / ERP de maio de 2020 serão adiados ainda não tendo uma data fixa para reagendar.

 

Em caso de dúvidas, indicamos que entre em contato com a instituição certificadora da sua prova.

Cuide-se, programe-se e pode contar conosco.

 

 

Publicado em 19/03/2020

Porque gerentes de relacionamento bancário se tornam agente autônomos?

O trabalho do gerente de relacionamento bancário não é tão diferente do de um agente autônomo de investimentos. Ambos, na prática, vendem produtos financeiros, precisam ter competência técnica, ter bons relacionamentos com clientes, possuem metas de vendas dentre muitos outros tópicos que poderíamos elencar.

A segurança financeira também não é tão diferente. Talvez neste quesito o gerente de banco leve vantagem porque normalmente recebe uma remuneração fixa. Mas hoje em dia é difícil um gerente de relacionamento de banco ficar seguro em relação ao seu emprego. Um dos motivos é que um grande número de investidores estão deixando de investir seus recursos em bancos e procurando corretoras. Ou seja, está havendo a tal da “desbancarização”. Isso acarreta um potencial de redução do número de gerentes e risco de desemprego.

No quesito jornada de trabalho o agente autônomo de investimento leva um pouco de vantagem, por não que bater ponto e ter flexibilidade (não tem um chefe).

Em geral, os gerentes de relacionamento bancário têm se tornado agentes autônomos, pelo potencial de maiores ganhos. Um agente autônomo de investimento tipicamente recebe uma remuneração variável maior em cima dos investimentos realizados pelos seus clientes que um gerente de banco.

Aparentemente a maior motivação para essa mudança de ambiente profissional seria para gerentes de relacionamento com uma carteira grande de clientes fiéis. Para estes, a remuneração variável maior poderia ter um apelo enorme e a ausência de remuneração fixa não seria sentida.

Porque gerentes de relacionamento bancário se tornam agente autônomos?

O trabalho do gerente de relacionamento bancário não é tão diferente do de um agente autônomo de investimentos. Ambos, na prática, vendem produtos financeiros, precisam ter competência técnica, ter bons relacionamentos com clientes, possuem metas de vendas dentre muitos outros tópicos que poderíamos elencar.

A segurança financeira também não é tão diferente. Talvez neste quesito o gerente de banco leve vantagem porque normalmente recebe uma remuneração fixa. Mas hoje em dia é difícil um gerente de relacionamento de banco ficar seguro em relação ao seu emprego. Um dos motivos é que um grande número de investidores estão deixando de investir seus recursos em bancos e procurando corretoras. Ou seja, está havendo a tal da “desbancarização”. Isso acarreta um potencial de redução do número de gerentes e risco de desemprego.

No quesito jornada de trabalho o agente autônomo de investimento leva um pouco de vantagem, por não que bater ponto e ter flexibilidade (não tem um chefe).

Em geral, os gerentes de relacionamento bancário têm se tornado agentes autônomos, pelo potencial de maiores ganhos. Um agente autônomo de investimento tipicamente recebe uma remuneração variável maior em cima dos investimentos realizados pelos seus clientes que um gerente de banco.

Aparentemente a maior motivação para essa mudança de ambiente profissional seria para gerentes de relacionamento com uma carteira grande de clientes fiéis. Para estes, a remuneração variável maior poderia ter um apelo enorme e a ausência de remuneração fixa não seria sentida.