Planejador financeiro, você sabe o que esse profissional faz?

Em um mundo mais globalizado os investidores passaram a ter acesso a um amplo portfolio de ativos para alocar seus investimentos. Ativo é tudo que possui um valor monetário. Confira essa leitura estimulante, entenda o que um profissional Planejador Financeiro faz e fique melhor informado.

29 | ago. Tempo de leitura 10 min.

Imagem mostra uma pessoa fazendo seu planejamento financeiro ou de uma outra pessoa.

O que faz um Planejador Financeiro?

Cada cliente é único, com objetivos de retorno, tolerância a risco e restrições de investimentos que devem ser cuidadosamente analisados para definir a correta alocação estratégica e tática. Importante ressaltar que a alocação estratégia possui foco no longo prazo e a tática, tem como objetivo aproveitar variações entre o valor intrínseco e o de mercado de um determinado ativo. É comum que a alocação estratégica seja superior à 85% do resultado do portfólio.

De forma a orientar esses clientes é esperado um Planejador Financeiro é que ele detenha profundo conhecimento e visão holística, sobre gestão de ativos e riscos, planejamento de aposentadoria, planejamento fiscal e por fim, sucessório.

Nesse contexto o Planejador Financeiro é o profissional capaz de transformar os objetivos de cada investidor em realidade. Não é uma tarefa simples, pois é preciso adequar os produtos e serviços ao perfil do cliente, o que conceituamos como suitability.

Para analisar tantas informações, oportunidades, mas também riscos, a demanda por Planejadores Financeiros é grande.

Como se tornar um Planejador Financeiro?

Mas como se tornar um Planejador Financeiro que reúna tantas competências? A FPSB (Financial Planning Standards Board) é a instituição norte-americana responsável pela divulgação, gerenciamento e controle do uso das marcas CFP® fora dos Estados Unidos. No Brasil, a concessão de uso da marca é feita pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar).

Ser um Planejador Financeiro não é um caminho simples. O Profissional precisa ser aprovado em um exame teórico complexo e com duração de 7h.

Essa não é a única etapa, confira a seguir quais são elas:

Em primeiro lugar é necessário possuir diploma em curso superior reconhecido pelo MEC;

Em segundo lugar aderir ao Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional e deter no mínimo 5 (cinco) anos de experiência não supervisionada nos últimos 10 (dez) no atendimento a pessoa física em uma ou mais áreas dos capítulos vinculados ao exame;

E por último, elaborar um Plano Financeiro Integrado. Já é possível perceber o valor e a importância de um Profissional Financeiro com a certificação CFP® para o mercado.

Após ser aprovado, através do Programa de Educação Continuada, o Profissional precisa comprovar que se mantém em constante estudo, podendo inclusive caso não o faça perder o direito de uso da marca CFP®.

Toda jornada longa se torna mais fácil com o suporte correto, certo? Pois é. Nesse tema, a FK Partners pode ajudar. O conteúdo exigido no exame é muito extenso, por isso, uma boa escola preparatória é importante.

Além de um corpo de professores qualificados e atuantes no mercado de trabalho em cada um dos seis módulos exigido no exame, material constantemente atualizado, mentoria e proximidade com os alunos adequarem o plano de estudos à realidade individual de cada candidato(a), será muito mais leve obter êxito com a aprovação. Temos orgulho por termos treinado mais de 60% dos CFP®’s no Brasil.

Quanto ganha um Planejador Financeiro?

Inicialmente um Planejador Financeiro ganha cerca de R$ 2.160,00 de salário, podendo vir a ganhar até R$ 8.877,00. A média nacional gira em torno de R$ 5.810,00. A sua formação acadêmica é em Economia / Ciências Econômicas.

Por fim, o melhor investimento sempre será em você. Agora que conhece um pouco da profissão de Planejador Financeiro, e sua importância no cenário atual, o que acha de experimentar de forma gratuita por 7 (sete) dias nossa Plataforma de Ensino?

6 investimentos isentos de imposto de renda. Saiba quais são.

A carteira de investimentos deve atender ao planejamento financeiro e também ter rentabilidade real positiva.

26 jul | Leitura: 10 min

Mão de um homem ilustrando um infográfico de investimento de forma crescente. Investimentos isentos de Imposto de renda (IR)

6 investimentos isentos de imposto de renda. Saiba quais são.

Os investimentos isentos de IR são Poupança, Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificado de Recebíveis Imobiliário (CRI), Debêntures Incentivadas, Fundos Imobiliários (FII) e um caso específico em Ações.

O que é a rentabilidade real?

É comum ser informado a rentabilidade nominal bruta, sendo preciso calcular a rentabilidade real. Primeiro, desconte o IR, se houver, e terá a rentabilidade nominal líquida. Desconte a inflação (IPCA) e chegará à rentabilidade real (quanto maior, melhor a performance da carteira).

Porém, o cenário atual de taxa básica de juros (SELIC) a 13,25%a.a. e IPCA nos últimos 12 meses de 11,89%a.a. (IBGE) torna mais importante o planejamento financeiro, que deve considerar: a fase de vida atual, os objetivos como comprar um carro e planejar a aposentadoria por exemplo, o horizonte de investimentos, sendo comum separar em “caixinhas” de curto, médio e longo prazos, a rentabilidade real, risco e a liquidez disponível.

Alguns investimentos isentos de IR possuem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o valor de R$ 250.000,00 por instituição financeira e outros não.

Listamos os investimentos isentos de imposto de renda com análise dos dados previstos, nesta data, para encerrar 2022 (SELIC a 13,75%a.a. e IPCA a 7,30%a.a.).

1. Poupança:

Aplicações até 03/05/2012 compõe a poupança “antiga” com rendimento fixo de 6%a.a.+TR. Após, temos a poupança “nova” que segue a regra: SELIC acima de 8,5%a.a. rende 6%a.a.+TR; caso contrário, 70% da SELIC+TR. A poupança possui garantia do FGC e para ter rendimento é preciso manter aplicado por no mínimo 30 dias.

Vale a pena? Em 2022 a previsão é de 6,00%a.a.+TR., abaixo do IPCA previsto de 7,30%a.a. Sua vantagem é possuir liquidez imediata.

2. LCI/LCA:

Títulos de renda fixa com garantia do FGC, com maior retorno e menor liquidez (carência mínima de 90 dias). Pagam rendimentos pós fixados (% CDI), pré-fixados e também com índices de preço como o IPCA. É possível encontrar títulos com maior carência e maiores rendimentos.

Vale a pena? Se for possível esperar à carência apresentam rendimentos superiores à poupança “nova”.

3. CRI/CRA:

títulos de renda fixa sem garantia do FGC, emitidos por Securitizadoras com lastro em recebíveis de crédito (imobiliário/agronegócio) de empresas para antecipar seu fluxo de caixa. Possuem maior retorno que as LCA/LCI, menor liquidez e maior risco. Geralmente pagam juros semestrais e amortização em datas definidas. Uma CRA para 2026 com IPCA+5,60%a.a. teria rentabilidade real de 5,60%a.a. Podem ser pós-fixadas (com percentual do CDI ou um percentual mais um valor pré-fixado). O rendimento é superior as LCA/LCI. Consulte o rating para avaliar o risco de crédito, ou seja, o risco de não pagamento do emissor.

Vale a pena? Veja se atende seu perfil de risco, retorno e horizonte de tempo. Recomenda-se esperar até o vencimento do título e avaliar o rating.

4. Debêntures Incentivadas (Lei 12.431):

Títulos de renda fixa sem garantia do FGC e emitidos por empresas de capital aberto. Podem pagar rendimentos pós-fixados e pré-fixados mais a inflação. Assim como no CRI/CRA, atenção ao rating.

Vale a pena? Um pouco mais de retorno em troca de maior risco e menor liquidez se encaixa no seu perfil de risco? Caso positivo, é uma opção a avaliar se puder esperar o vencimento.

5. Fundo Imobiliário (FII):

Fundos constituídos, como condomínios, com o objetivo de investir em imóveis ou papéis lastreados por imóveis, como o CRI e a LCI, sem garantia do FGC. Seus rendimentos são isentos de IR desde que o fundo tenha mais de 50 cotistas, seja negociado em bolsa ou mercado de balcão organizado e o investidor possua menos de 10% do patrimônio líquido do fundo. Na venda da cota, existe IR de 20%.

Vale a pena? Avalie risco, retorno e liquidez. A maioria distribui proventos mensais que geram fluxo de caixa.

6. Ações

Uma ação é a menor fração de uma empresa e sem a garantia do FGC. Possui isenção de IR apenas em vendas inferiores a R$20mil por mês. Fundos de ações não possuem isenção de IR e são tributados à alíquota mínima de 15%.

Vale a pena? São as de maior risco. Avalie a empresa, potencial de crescimento e possíveis custos como emolumentos, corretagem e custódia.

É importante ressaltar que a escolha de investimentos, isentos de IR ou não, precisa atender ao planejamento financeiro, sabendo os objetivos a serem atingidos e respeitando seu perfil de risco. Atente que rentabilidade passada não garante rentabilidade futura.

Fonte dos dados: www.bcb.gov.br

 

Sobre o autor: Irineu Rodrigues é professor do curso de CFP® da FK Partners possui Mestrado em Economia e Gestão Empresarial, Planejador Financeiro Pessoal e possui a certificação CFP®(Certified Financial Planner), concedida pela Planejar Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. E-mail: Irineu.rodrigues.bb@gmail.com